Telescópio Hubble divulga imagem de galáxia distante com aspeto espectral
O desejo de conhecer mais e melhor o universo levou a mais uma descoberta interessante por parte do Telescópio Espacial Hubble. A mais recente descoberta deste mítico telescópio mostra-nos uma galáxia distante com um aspeto bastante peculiar.
Esta galáxia, agora fotografada pelo Hubble, é conhecida como NGC 6684, destacando-se pelo seu aspeto lenticular, ou seja, com um formato de lente. Esta está localizada a sensivelmente 44 milhões de anos-luz da Terra na constelação Pavo.
NGC 6684 foi fotografada pelo Hubble e distingue-se pela névoa fantasmagórica
A imagem que circula pelos meios de comunicação foi divulgada pela NASA no passado dia 11 de agosto. Foi capturada pela câmara avançada do Hubble para pesquisas que faz agora uma análise mais exaustiva ao universo que nos rodeia.
Um dos motivos para a mediatização desta descoberta é o facto de a galáxia NGC 6684 estar envolta numa névoa fantasmagórica. Mas a sua luz pálida, como podemos observar na imagem divulgada, tem uma explicação cientifica.
As galáxias lenticulares possuem uma protuberância central e um disco, carecendo de braços distintos como acontece com a Via-Láctea ou a Andromeda. Normalmente, essas não possuem muita matéria interestelar dentro delas.
Matérias como poeiras e gases são essenciais para alimentar a criação de novas estrelas. O resultado da sua ausência é a emissão de uma luz pálida com estruturas indistintas, resultando no aspeto espectral visto na imagem, explica a NASA.
A imagem agora capturada da galáxia NGC 6684 resulta de um programa de censo do universo mais próximo denominado “Every Known Nearby Galaxy”. Este é um esforço da NASA que “visa observar todas as galáxias dentro de 32,6 milhões de anos-luz que o telescópio ainda não visitou”.
“Antes do início deste programa, o Hubble havia observado cerca de 75% dessas galáxias próximas. A conclusão deste censo revelará informações sobre as estrelas que compõem uma ampla variedade de galáxias, numa ampla variedade de ambientes.”
Isto significa que o telescópio Hubble continuará a fotografar galáxias distantes e quem sabe não poderá encontrar algumas com aspetos ainda mais peculiares. Com efeito, o futuro poderá trazer-nos mais imagens curiosas sobre aquilo que nos rodeia.
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