Segunda vida dos óleos alimentares usados poupa Portugal de mais de um milhão de toneladas de CO2 em oito anos

Segunda vida dos óleos alimentares usados poupa Portugal de mais de um milhão de toneladas de CO2 em oito anos

Na atualidade, quase 70% dos biocombustíveis produzidos em território nacional derivam da cadeia de processamento que dá uma segunda vida aos óleos de fritura. Portuguesa Hardlevel é um dos contribuintes líquidos de peso para as metas de neutralidade carbónica com que o nosso País se comprometeu

 

“Verto para o ralo do lava-loiça ou reservo num pequeno contentor para depois descartar convenientemente num oleão?”. Ainda há muitos portugueses a colocar diariamente esta questão, mas é notório um crescimento na consciencialização da importância do correto descarte dos óleos alimentares usados (OAU). Porque o gesto, aparentemente inócuo, tem um enorme impacto na nossa qualidade de vida e na sobrevivência do ecossistema planetário. Um simples litro de óleo de fritura consegue poluir cerca de um milhão de litros de água – aquilo que uma pessoa consome aproximadamente em 14 anos de vida.

 

Graças às respostas – e atos – ambientalmente mais sustentáveis dos consumidores tem sido possível à Hardlevel – Energias Renováveis, o principal operador nacional na recolha e gestão de OAU, dar uma segunda vida a tais resíduos, o que permitiu poupar a atmosfera ao efeito estufa de 1.139.536 toneladas de dióxido de carbono (CO2), nos últimos oito anos. Tudo por causa da simples canalização dos óleos alimentares usados para o circuito de fabrico de combustíveis verdes, com um índice baixíssimo de emissão de gases de efeito estufa (GEE).

 

O número, que deriva do OAU (limpo de impurezas, metais pesados e outros contaminantes) vendido pela Hardlevel para a refinação de biocombustíveis de última geração (como o SAF – Sustainable Aviation Fuel ou o HVO – Hydrotreated Vegetable Oil), faz da empresa lusa um dos grandes contribuintes líquidos para as metas de redução de GEE com que o nosso País se comprometeu, no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050.

 

Atingir o patamar de neutralidade carbónica em 2050 significa reduzir as emissões de gases com efeito de estufa entre 85% e 90% até 2050 e a compensação das restantes emissões através do uso do solo e florestas, a alcançar através de uma trajetória de redução de emissões entre 45% e 55%, até 2030, e entre 65% e 75%, até 2040 (em relação ao ano-barómetro de 2005).

 

Como? Reforçando a capacidade nacional de sequestro de CO2 pelas florestas (e por outros usos do solo) e incentivando gradualmente a total descarbonização do sistema eletroprodutor e de mobilidade urbana. A meta implica ainda alterações profundas na forma como utilizamos a energia e os recursos, numa economia bem mais sustentada em recursos renováveis, utilizados de forma eficiente e tendo por base modelos de economia circular.

 

Hardlevel atua em patamares críticos para o cumprimento destes desideratos, porque intervém nos processos de redução de emissões poluentes, emprestando valor (e aproveitamento) acrescentado aos resíduos de OAU criados pela população, e promovendo a economia circular. Ao mesmo tempo que ajuda Portugal a alcançar de uma maior independência energética.

 

A rede de oleões da Hardlevel – Energias Renováveis, em velocidade de cruzeiro na respetiva atualização com a última geração de oleões inteligentes (sensorizados com ligação à IoT – Internet of Things), serve estruturalmente cerca de cinco milhões de portugueses (140 municípios, 2.850 contentores de recolha), na atualidade.

 

O operador pretende chegar ao final de 2023 com uma rede de 165 autarquias parceiras e um global de 3.300 oleões espalhados pelo País. O que, relativamente a 2022, reflete expansão de 18% no número de concelhos abrangidos e de 16% no total de unidades de descarte de OAU.

 

Em 2022, entraram para a cadeia de processamento ambiental da Hardlevel 40 novas autarquias.

 

Nas últimas semanas, a empresa assegurou a gestão de óleos alimentares usados com o município de Montemor-o-Novo (com 15 oleões Smart S+, para servir 15.799 munícipes) e renovou o serviço com o concelho de Mafra (um total de quase 87.000 residentes), acrescentando 17 oleões aos de 135 equipamentos existentes), num aumento de 12% da rede municipal. Idêntica renovação aconteceu em Rio Maior (21.000 habitantes).

 

“Quase 70% dos biocombustíveis que Portugal produz na atualidade derivam da cadeia de recolha, gestão e processamento de óleos alimentares usados. Existem ainda muitas oportunidades de crescimento no setor e a Hardlevel faz parte desse movimento, que trabalha em prol do desenvolvimento sustentável”, remata Salim Karmali, administrador e cofundador da Hardlevel, juntamente com o seu irmão, Karim Karmali.