Tendências tecnológicas para 2022: Web 3.0, Carne vegetal, Batalha das “Big Tech”

Tendências tecnológicas para 2022: Web 3.0, Carne vegetal, Batalha das “Big Tech”

O Mundo caminha rumo a um cenário cada vez mais ecológico, interconectado e também perigoso do ponto de vista cibernético
 

A tecnologia oferece muitas promessas para 2022: a Waymo (Google) continuará a testar os seus veículos sem motorista em várias cidades dos Estados Unidos, e o Facebook — agora Meta — avançará na construção do metaverso, um universo paralelo da realidade virtual.

A primeira fase da internet viu a criação de sites e blogs, o que permitiu o surgimento de empresas como Yahoo!, eBay e Amazon.

 

Depois, veio a chamada web 2.0, caracterizada pelas redes sociais e pelo conteúdo gerado pelo usuário em plataformas como Facebook e YouTube.

 

O que é a Web 3.0?

Basicamente é a Web (www, ou world wide web) como a conhecemos e adicionar a tudo a tecnologia de registro distribuído, ou cadeias de blocos (blockchain), a mesma usada pelas criptomoedas.

 

O objetivo é permitir utilizar ferramentas descentralizadas, facilidade de uso e manutenção dos direitos de cada um sobre o próprio conteúdo.

Uma internet descentralizada, onde o poder das pessoas supera o poder das empresas.

 

Carne vegetal

As alternativas à carne tornaram-se comuns em muitos lares dos Estados Unidos, graças, em parte, aos produtos vegetais da Beyond Meat e da Impossible Food, que tentam reproduzir a textura e o sabor das carnes bovina e suína.

 

À medida que esses produtos melhoram e o seu preço desce, a procura aumenta devido às preocupações ambientais: a criação de animais para a alimentação é responsável por 14,5% das emissões de gases de efeito estufa vinculadas à atividade humana, segundo dados da ONU.

 

Batalha das “Big Tech”

É difícil confirmar se 2022 será o ano em que as grandes companhias tecnológicas serão afetadas por novas regras, mas uma série de ameaças regulatórias e legais, lançadas em 2021, provocarão grandes batalhas.

 

A ação antimonopólio da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos contra o Facebook representa uma ameaça genuína para o gigante das redes sociais, embora um tribunal já tenha indeferido o caso uma vez.

 

É possível que ocorram novas ações e uma investigação federal, talvez inclusive sejam aprovadas novas leis, devido aos vazamentos comprometedores de documentos que revelam que os executivos do Facebook sabiam que suas plataformas podiam causar danos.

 

Alguns críticos dizem que o maior impulso dado pela empresa ao projeto do metaverso tenta mudar o foco após anos de críticas.

 

A Apple, por sua vez, conseguiu salvar-se em 2021 quando um tribunal federal dos Estados Unidos decidiu que a Epic Games, fabricante do Fornite, não foi capaz de demonstrar que a criadora do iPhone tinha um monopólio ilegal, embora tenha ordenado à empresa da maçã afrouxar o controlo sobre a sua loja de aplicativos, a Apple Store. As duas partes apelaram.

 

Novas regulamentações podem vir antes na União Europeia, à medida que o bloco impulsiona novas normas, como a Lei de Serviços Digitais, que criaria uma supervisão muito mais restrita sobre o conteúdo nocivo ou ilegal em plataformas como o Facebook.