Sony Talent League – Entrevista com THU (Torjan Horse was a Unicorn)

Sony Talent League – Entrevista com THU (Torjan Horse was a Unicorn)

1.O que é a Sony Talent League? Como surgiu, a quem se dirige e qual o objetivo?

O Sony Talent League é um desafio global organizado pela Sony Group Corporation (Sony) e pelo Trojan Horse was a Unicorn (THU) para apoiar o crescimento de jovens criadores e potenciar ideias inovadoras através da arte. Esta iniciativa foi criada para dinamizar a comunidade criativa num contexto pandémico, expondo o talento que, até então, não estava a ter as oportunidades que merecia. Após dois anos, é agora tempo de tirar estes profissionais da sua zona de conforto e expô-los a ambiente de networking com uma atmosfera tecnológica, digital, artística e muito criativa onde tudo acontece.

O Sony Talent League procura artistas com idades entre os 18 e 35 anos, individualmente ou em grupos de até quatro pessoas, que tenham ideias inovadoras e disruptivas que tenham a arte como o seu ponto de partida, combinando diferentes áreas da criatividade, tais como animação, cinema, videojogos, realidade virtual, fotografia digital, música, multimédia, entre outras. Os cinco finalistas serão anunciados no dia 23 de dezembro e receberão nove semanas de mentoria.

 

2. O que se pode esperar da 3a edição do Sony Talent League? Quais as novidades que traz?

Estamos bastante expectantes com esta edição, porque será o primeiro ano em que iremos realizar fisicamente o bootcamp – evento final, onde a comunidade se reunirá para ouvir os pitchs dos projetos finalistas e terá oportunidades de se conhecerem e partilharem experiências e conhecimento. Este evento final irá acontecer em março de 2023, durante três dias.

A iniciativa está aberta a artistas com idades entre os 18 e 35 anos, individualmente ou em grupos de até quatro pessoas, que tenham ideias inovadoras e disruptivas que tenham a arte como o seu ponto de partida, combinando diferentes áreas da criatividade, tais como animação, cinema, videojogos, realidade virtual, fotografia digital, música, multimédia, entre outras. Os cinco finalistas serão anunciados no dia 23 de dezembro e receberão nove semanas de mentoria. Além disto, os finalistas poderão apresentar as suas ideias aos mais diversos investidores da indústria de entretenimento digital, receberão ainda até 10.000 euros de financiamento para suportar os custos de vida durante o desenvolvimento do projeto e um passe completo para o próximo evento do THU. De 17 a 19 de março de 2023, será apresentado o pitch final ao júri, que decidirá então o grande vencedor, no bootcamp que decorrerá durante três dias.

 

3. Qual a importância de uma iniciativa como esta?

A indústria do entretenimento digital representará até ao final da década 10% do PIB global, pelo que se torna incontestável a necessidade de os países apostarem neste setor. O Sony Talent League é, por isso, uma iniciativa muito relevante, já que tem um âmbito global, reúne diferentes participantes deste setor, e investe e dá espaço a jovens para se revelarem e inovarem. É fundamental capacitar estes artistas, abrir-lhes oportunidades e apoiá-los nos seus primeiros passos no mundo do entretenimento digital. Há muito talento que ainda não está a ser aproveitado no seu potencial pleno e o objetivo do Sony Talent League é catapultá-lo para a indústria. Nas duas edições anteriores, o projeto recebeu mais de 1.800 candidaturas de 106 países diferentes.

 

4. Com que mentores estarão em contacto os participantes?

Este ano, o Sony Talent League vai reunir grandes nomes da indústria para mentorar os participantes, classificar os finalistas e partilhar experiências e conhecimento, sendo que ainda não temos o programa todo fechado. Alguns dos mentores desta edição são Kris Pearn, o realizador e produtor de animação, que realizou vários filmes, tais como “Chovem Almôndegas 2”, e “The Willoughbys”; Jinko Gotoh, a produtora nomeada para o prémio da Academia que ganhou o BAFTA de Melhor Filme de Animação, muito conhecida pelo seu trabalho em “Klaus”, “Principezinho”, e ”Lego Movie 2”; Kevin Young, o diretor criativo e responsável de tecnologia criativa no estúdio londrino The Mill’s London; e Mike Rianda, o cartoonista, realizador e escritor americano, muito conhecido pelo seu trabalho em “Gravity Falls” e “Os Mitchell Contra as Máquinas”. A liderar esta grande equipa de mentores teremos Shuzo John Shota, presidente e CEO da Polygon Pictures.

 

5. Qual a adesão dos artistas em Portugal a estas iniciativas? E de outros países?

Portugal tem sido o segundo país com mais projetos submetidos, seguido dos Estados Unidos, pelo que a adesão é muito positiva. Vemos que há muito espaço para crescer e sabemos que há muito mais talento do que aquele que se está a candidatar, contudo, é natural que este seja um processo. É preciso mostrar que estas oportunidades são acessíveis a pessoas com mais ou menos experiência na área e que o objetivo é precisamente ajudá-las no seu desenvolvimento e, consequentemente, no desenvolvimento de toda a indústria a nível mundial.

 

6. Onde estão os projetos vencedores das últimas duas edições?

A primeira vencedora, Dilruba Tayfun, está a trabalhar ativamente na área e, este ano, fez parte de uma atividade do THU Main Event. O projeto “Togather”, que a levou e à sua equipa, a serem os grandes finalistas do STL, é uma plataforma onde qualquer pessoa pode criar e partilhar os seus pincéis digitais personalizados, inspirados em objetos da vida real. A Dilruba tornou-se numa grande empreendedora do meio e contou-nos que se sente como uma ponte humana, capaz de colocar os artistas nos sítios certos e a falar com as pessoas certas, para que possam, tal como aconteceu com ela, ver as suas ideias e projetos tornarem-se reais e terem grande sucesso.

O projeto “Knowhere”, de Elizabeth e Gracie Dix, foi o vencedor da última edição do STL e é baseado numa animação que conta a história de Mosi Morgan, um menino paquistanês de 11 anos que se muda para a cidade secreta, Knowhere, onde vive a mãe e onde todos os cidadãos são considerados especialistas. O Mosi, nesta animação, procura perceber como é que se encaixa num mundo tão extraordinário. As duas artistas, autoras deste projeto, continuam ativas na indústria e estamos ansiosos por vê-las crescer neste mundo.