Millennials portugueses querem um futuro mais sustentável, já a Geração Z prefere que seja mais equitativo e inclusivo
- No ano em que a União Europeia declara “O Ano Europeu da Juventude”, a Merck questiona mais de 6.000 jovens em 10 países europeus, incluindo Portugal.
- A geração Z (18-24 anos) portuguesa fala mais sobre igualdade, diversidade e inclusão nas conversas com amigos (45% vs. 31%); os millennials (25-35 anos) sobre ambiente e sustentabilidade (34% vs. 29%).
- Quase 4 em cada 10 jovens portugueses (39%) valorizam as ações de uma empresa na promoção da igualdade, diversidade e inclusão ao enviar os seus currículos, sobretudo os millennials.
- 9 em cada 10 jovens no nosso país estão dispostos a mudar os seus hábitos para reduzir o impacto ambiental, especialmente os millennials.
- Se dependesse dos jovens portugueses, os três principais desafios globais a resolver seriam o cancro, as ameaças ambientais e a desigualdade de género e a falta de diversidade e inclusão (a par com o consumo e produção não sustentáveis).
- Para quase 60%, transparência, honestidade e coragem são os atributos mais importantes que definem um líder.
Para os jovens europeus, o tema da sustentabilidade é a prioridade e os portugueses não são exceção. 90% dos jovens portugueses inquiridos estão dispostos a alterar os hábitos de consumo para reduzir a pegada de carbono, um aspeto que os destaca dos congéneres europeus (8 valores abaixo). Ao observarmos diferenças entre gerações, os millennials estão mais envolvidos com a sustentabilidade do que a geração Z, a qual se preocupa mais com a igualdade de género, diversidade e inclusão como pilares para um futuro melhor.
Estes são apenas alguns dos resultados do inquérito Merck ‘Sustentável ou nada. O futuro que os millennials e a geração Z da Europa querem (parte 1)’, promovido pela Merck com o apoio técnico do GAD3 e que contou com a participação de 6.119 jovens entre os 18 e 35 anos (612 dos quais portugueses) de dez países europeus (Portugal, Alemanha, Áustria, Espanha, França, Hungria, Itália, Noruega, Polónia e Reino Unido). Um estudo feito no ano que a União Europeia elegeu como “Ano Europeu da Juventude”, essencial para a construção de um futuro melhor: mais verde, mais inclusivo e digital.
Embora existam diferenças entre as gerações no que diz respeito ao peso da igualdade, diversidade e inclusão na construção de um futuro ideal para os jovens portugueses, o estudo Merck reflete que este é um tópico comum de conversa tanto para a geração Z como para os millennials. Ao todo, 37% dos portugueses discutem o tema, um valor acima dos 33% de média europeia. Olhando especificamente para as gerações, 45% dos jovens dos 18 aos 24 anos dizem que esse tópico surge com frequência, em comparação com 31% dos jovens dos 25 aos 35 anos.
“Sustentabilidade, inovação ou igualdade de género, diversidade e inclusão são tópicos importantes ao nível europeu e global e estão perfeitamente em sintonia com os valores e o propósito da nossa empresa”, explica Pedro Moura, Diretor Geral da Merck Portugal. “É por isso que perguntámos aos jovens sobre as suas ambições, compromissos e desejos para o futuro de uma Europa forte e necessária, que eles estão já a construir. Os millennials já representam 41% da força de trabalho global da Merck e os Zs estão a chegar, para nutrir esse talento. E para os atrair e reter é imperioso conhecermos as suas prioridades e aspirações.”
A nível nacional, se fosse dada aos jovens a responsabilidade de escolher quais os desafios globais a enfrentar no caminho para o futuro a que aspiram, a maioria dos millennials escolheria resolver o cancro; na geração Z, cerca de 48% escolheriam resolver as ameaças ambientais, em pé de igualdade com o cancro.
Se fossem líderes do Governo, onde investiriam?
O estudo Merck quis ainda saber onde investiriam os jovens se fossem líderes do Governo. Em Portugal, 54% apostariam mais no investimento em investigação científica e tecnológica logo seguida pela criação de políticas de proteção ambiental.
Os jovens querem chefes transparentes, honestos e corajosos
Quando questionados sobre o que é mais importante no momento do envio de um CV para uma empresa, os jovens respondem que o salário continua a ser um fator determinante mas não só: as iniciativas de igualdade, diversidade e inclusão tomam cada vez mais relevância.
Já sobre os atributos mais importantes para quem lidera, a escolha recai sobre a transparência, honestidade e coragem, apontados pela maioria dos jovens portugueses como atributos de um chefe ideal. O compromisso com a equipa é, para os portugueses e a geração Z, o segundo atributo mais frequente, embora sem atingir a maioria.
“É eloquente que, de acordo com esta macro-pesquisa da Merck, as gerações europeias do futuro imediato tenham assumido o valor da sustentabilidade em todas as áreas – da igualdade à inovação e respeito pelo meio ambiente“, diz Virginia Galvín, Head of Communication em Espanha e na Europa e coordenadora do estudo. “Isso permite-nos ser otimistas e, ao mesmo tempo, desafia-nos, como empresa, a cumprir os nossos compromissos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Os jovens querem ações, não palavras.”
Outros factos interessantes:
– 85% dos jovens em Portugal dizem respeitar o ambiente, percentagem idêntica à da média europeia;
– 60% dos jovens portugueses, versus 52% dos europeus, consideram a educação e o talento um dos principais pilares para a construção de uma sociedade sólida e sustentável;
– 7 em cada 10 jovens portugueses consideram importante a saúde física e emocional, valor 12 pontos superior ao verificado entre os restantes europeus no seu conjunto;
– Os millennials em Portugal (40%) são os que mais realçam a investigação e a medicina como os aspetos mais importantes na sequência da Covid-19 (contra 35% no geral);
– Quanto às áreas onde investiriam mais se pudessem, a geração millennial está muito mais comprometida com a investigação científica e tecnológica do que a geração Z (59% contra 47%).
– De entre os profissionais de saúde, cientistas, atletas de elite ou empresários de sucesso, se tivessem que escolher um herói 62% dos jovens portugueses escolheriam os primeiros (mais 10 pontos percentuais que a média europeia).
Ficha técnica do estudo
O inquérito foi realizado através do método CAWI (online), em maio de 2022 a uma população portuguesa com idade entre os 18 e os 35 anos. Foram recolhidas e validadas 612 entrevistas, com uma margem de erro: ±4,1% para um nível de confiança de 95,5% (dois sigma) e no pior cenário de P=Q=0,5 no pressuposto de amostragem aleatória simples.