A energia natural do hidrogénio está a chegar ao Seixal

A GGND (Galp Gás Natural Distribuição), detentora de nove empresas de distribuição regional de gás em Portugal e líder do setor, apresentou no Seixal o primeiro projeto em Portugal de injeção de hidrogénio verde na rede de gás, o Green Pipeline Project.

 

Este projeto, pioneiro em Portugal, vai abranger 80 clientes residenciais, terciários e indústria. Clientes que terão a oportunidade de receber uma mistura de gás natural e hidrogénio já a partir de janeiro de 2022, dando assim um importante passo no processo de transição energética em Portugal.

 

Uma ambição ilustrada na marca do projeto, criada com a inspiração visual da injeção do Hidrogénio na rede de gás e a pensar nas perspetivas que já se avizinham de desenvolver o potencial de crescimento do projeto, nomeadamente na implementação futura do mesmo em novas localidades do país.

 

Para Gabriel Sousa, CEO da GGND, “este projeto pioneiro é um marco importante para o sistema energético nacional, porque promove uma mudança para uma economia mais verde, tendo como base uma das redes de distribuição de gás mais modernas da Europa. Na qualidade do maior operador da rede de gás em Portugal, a GGND está profundamente empenhada em contribuir para o cumprimento das metas de descarbonização com que o país está comprometido.”

 

Este projeto é financiado pelo Fundo de Apoio à Inovação (FAI), tendo ao mesmo sido atribuída a avaliação de mérito excecional, pelo seu caráter inovador e relevância no momento atual.

 

Para Bruno Veloso, Membro da Comissão Executiva do Fundo de Apoio à Inovação, “a atribuição de mérito excecional ao Green Pipeline Project, é o resultado de um projeto ambicioso, inovador e pioneiro no nosso país, que pretende democratizar o acesso a uma economia mais verde, fazendo desde já, chegar as moléculas de H2 a casa das pessoas, garantindo as condições de segurança e minimizando os impactos pela sua utilização nos equipamentos de queima. Saliente-se ainda que os resultados e o conhecimento obtidos com este projeto serão do domínio público, particularmente do interesse de todos os stakeholders, fundamental para o rápido crescimento de projetos power-to-gas e garatindo que o investimento público resulta em beneficio de todos.

 

Liderado pela GGND, o Green Pipeline Project conta com a participação de vários parceiros, desde a área da engenharia à construção, juntando os contributos da academia e de instituições públicas e privadas. O hidrogénio verde, combustível 100% renovável, vai ser produzido no Parque Industrial do Seixal, através da parceria da GGND com a empresa portuguesa Gestene.

 

Numa fase inicial do projeto será injetado 2% de hidrogénio na rede de gás natural, subindo gradualmente esta percentagem até um máximo de 20% num período de 2 anos. Todo o processo vai ser monitorizado e acompanhado em detalhe por um grupo de especialistas, de forma a que este projeto possa servir de exemplo de boas práticas, para muitos outros projetos que certamente irão ocorrer no futuro, tanto a nível nacional como internacional.

 

O que é o hidrogénio verde?      

  • É um combustível 100% renovável. Produzido através da eletrólise da água, que consiste na separação das moléculas de hidrogénio e oxigénio, com recurso a um eletrolisador alimentado com energia elétrica renovável.
  • O hidrogénio pode substituir o gás natural nas diversas aplicações em que este é hoje utilizado, destacando o potencial para a utilização na indústria, mobilidade, ou utilização em edifícios, tendo como grande contributo para a descarbonização o facto de ser libertada apenas água para a atmosfera após a utilização do hidrogénio.

 

Sobre a GGND

A Galp Gás Natural Distrubuição (GGND) é o principal operador da rede de distribuição de gás em Portugal (ORD). Gere 9 das 11 empresas de distribuição de gás em Portugal, contando com mais de 1,1 milhões de clientes ativos e mais de 13.000 km de infraestruturas de gás de norte a sul do país (70% de quota de mercado nestes dois indicadores).

A Allianz Capital Partners é atualmente a principal acionista da GGND, contando ainda com a participação da Marubeni e uma posição reduzida da Galp.