Ervilha é a nova estrela das bebidas da Nestlé. E chega a Portugal

O Mercado de produtos com base em plantas está em crescimento e já representa entre 100 e 200 milhões de francos suíços de receita para a Nestlé. Multinacional lançou uma nova marca de bebida de base vegetal, a Wunda. Portugal é um dos três mercados de lançamento.
Dinheiro Vivo
5 maio 2021

Um em cada dez consumidores já substituiu, em algum momento, proteína animal por vegetal na sua dieta. A procura por produtos de base vegetal existe e estima-se que, até 2025, cresça a uma taxa anual entre 6,4% e 6,5%. Wunda, uma nova bebida à base de proteína de ervilha alternativa ao leite, é a nova marca da Nestlé para agarrar este consumidor.

Portugal é, juntamente com França e Holanda, um dos três mercados onde, até ao final de maio, a Wunda estará à venda nos supermercados. Este será um dos 42 novos lançamentos de produtos de base vegetal que a multinacional conta ter até ao final do ano. Este tipo de produtos deverá representar cerca de 15% vs total portefólio de Inovação em 2021.

Durante seis meses a equipa de R&D da Nestlé trabalhou no desenvolvimento da Wunda. A bebida de proteína vegetal é produzida a partir de ervilhas amarelas, provenientes de França, rica em fibra, com baixo teor de açúcar e gordura, enriquecida com cálcio e fonte de vitaminas A, D, B2 e B12. As três gamas existentes – original, sem açúcar e com chocolate – têm pontuação A na Nutri Score

“O marketing de negócios está também ligado às pessoas, às suas convicções, às convicções dos meus colegas em Lisboa. Estavam muito entusiasmados e viram a oportunidade, acreditam que podem ter sucesso, que têm uma proposta sólida”, diz Cédric Boehm, head of dairy para a Nestlé Zona EMENA (Europa, Médio Oriente e Norte de África), quando questionado pelo Dinheiro Vivo sobre a escolha de Portugal para um dos mercados de lançamento da nova marca.

“Portugal é um mercado onde podemos implementar de forma apropriada, temos uma grande operação no país e conhecemos muito bem o mercado e os nossos consumidores. Foi assim que decidimos avançar em Portugal e não em outras geografias. Às vezes há um elemento humano na forma como as coisas acontecem”, reforça o responsável num encontro digital com jornalistas.