De acordo com um relatório recente da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), os insetos já são consumidos por pelo menos 2 milhões de pessoas.
Mas se falamos de inovação alimentar, a alta tecnologia começa a dominar o setor e a relegar o uso dos insetos para um plano mais “secundário”. E até o conceito da comida em cápsulas, verdadeiro devaneio de ficção científica, parece estar ultrapassado.
O que o futuro nos põe à mesa
Segundo a ONU, a produção de alimentos deverá aumentar cerca de 70% nos próximos 30 anos para poder alimentar a população mundial (que se estima que em 2050 seja de quase 10 mil milhões de almas).
Este desafio pôs as cabeças pensantes de todo o mundo a trabalhar e os resultados estão à vista de (quase) todos, muitos deles já presentes nas prateleiras dos nossos supermercados, como os mencionados insetos (em várias formas, nomeadamente farinhas) e as mil e uma algas e microalgas, algumas já criadas artificialmente.
O conceito de alimentação sustentável vai ainda mais longe e ultrapassa o orgânico, que, no entanto, tem tido um crescimento exponencial muito devido também às crescentes preocupações ambientais. As foodtech, empresas que aproveitam tecnologias de ponta, como a inteligência artificial, a robótica ou a biotecnologia para tornar a indústria alimentar mais moderna, eficiente e sustentável em todas as etapas, estão a proliferar. E alguns dos seus produtos são já uma realidade, ainda que confinada às paredes dos laboratórios, adivinha-se que não por muito tempo.
Desde carne produzida em laboratório a comida viva impressa em 3D, passando pelas embalagens comestíveis e até alimentos “falsos”, culminando nas dietas geneticamente personalizadas com base no nosso ADN, há todo um mundo à espera dos novos aventureiros do paladar.
Inovar é também reeducar
Outra vertente, não menos importante no futuro da alimentação humana, é a preciosa ajuda do nosso inseparável companheiro – o telemóvel – na reeducação alimentar. Falamos das aplicações para dispositivos móveis que nos “ensinam” a comer saudável. Cada vez mais sofisticadas, lançam mão da inteligência artificial para acompanharem, qual nutricionista pessoal, todas as suas garfadas.
O futuro está já aí no seu prato.
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