Telemóvel desbloqueia-se sozinho? Cuidado, pode ser vítima deste ataque!
A mais recente vaga de ataques aos smartphones está a levantar preocupações em todo o mundo. Os utilizadores afetados acusam o facto de o smartphone se desbloquear sozinho, um dos principais sintomas de que o nosso smartphone pode ter sido invadido.
Ao pesquisar a frase “o telemóvel desbloqueia-se automaticamente,” surgem mais de 209 milhões de resultados no Google e não é um erro ou bug. Com efeito, os especialistas acreditam que tal pode ser causado por um ataque GhostTouch.
Hacking de ecrã ou GhostTouch é a nova vaga de ataques
O GhostTouch é o mais recente ataque de hacking de ecrã, que permite aos criminosos aceder a telemóveis remotamente. Em termos simples, os hackers utilizam sinais eletromagnéticos para simular ações primárias como toques e swipes em zonas estratégicas do ecrã touch.
Mais uma vez, o objetivo é aceder remotamente a smartphones e manipulá-los de forma potencialmente perigosa (aceder a dados ou palavras-passe, aceder a serviços inseguros, ou instalar malware). O objetivo último é, sempre, o lucro fácil.
É assim funciona o ataque de hacking de ecrãs
Segundo os investigadores da Universidade de Zhejiang (China) e da Universidade Técnica de Darmstadt (Alemanha), os ataques de hacking de ecrã recorrem a “interferência eletromagnética (EMI) para injetar falsos pontos de toque num ecrã touch. Isto sem que para tal seja necessário tocar-lhe.
Este tipo de ataques funcionam a partir de uma distância de 40 milímetros, e aproveitam-se da capacidade sensitiva dos ecrãs touch a EMI. Com efeito, os criminosos conseguem injetar sinais eletromagnéticos nos elétrodos que fazem parte dos ecrãs touch e registá-los como ações de toque (toques curtos, swaps, pressão, ou toques longos).
O ataque funciona, comprovadamente, em nove modelos de smartphones, incluindo o iPhone SE (2020), o Samsung Galaxy S20 FE 5G, o Redmi 8, e o Nokia 7.2.
Estes são os sinais de um smartphone “hackeado”
Se o ecrã de um utilizador foi hackeado, este começará a operar sozinho. Por exemplo: desbloqueia-se automaticamente ou responde a chamadas sem que o utilizador assim o ordene.
Já outros sinais de um telemóvel hackeado verificam-se quando este começa a abrir URLs aleatórios. Ou mesmo a fazer login nas contas bancárias do utilizador, a abrir ficheiros, a reproduzir vídeos. Ou até mesmo a escrever palavras na caixa de pesquisa sem o consentimento do utilizador.
Os criminosos também podem tentar estabelecer conexões maliciosas para conduzir ataques man-in-the-middle ou manipular o telemóvel com um rato Bluetooth.
Assim, se reparar em quaisquer conexões Bluetooth ou Wi-Fi incomuns, é provável que o telemóvel tenha sido hackeado.
3 formas para se protegerem dos ataques de hacking de ecrã
Adicionar uma camada extra de segurança. Para além de palavras-passe fortes, ativar medidas avançadas de segurança como reconhecimento facial, impressão digital, ou PINs para ações de alto risco (como transferências de dinheiro). Tal ajudará a prevenir perdas financeiras mesmo ser vítima de um ataque de hacking de ecrã.
Manter o sistema operativo do telemóvel atualizado. Atualizações providenciam funções de segurança essenciais que podem reduzir o risco de um ataque. Estas minimizam vulnerabilidades e podem mesmo conter funcionalidades adicionais especificamente desenvolvidas para proteger o telemóvel deste tipo de ataques.
Usar software anti-malware. Usar software anti-malware não acaba com os ataques de hacking de ecrã, mas faz com que os criminosos sejam incapazes de instalar malware no dispositivo caso assumam o controlo do mesmo
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