Quase 70 empresas já conseguiram angariar mais de 9M€ paraprojetos de energia sustentável graças à Goparity

Quase 70 empresas já conseguiram angariar mais de 9M€ paraprojetos de energia sustentável graças à Goparity

No âmbito do Dia Mundial da Energia, a 29 de maio, a plataforma de financiamento colaborativo Goparity destaca que, do total deste financiamento, metade contribuiu para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis em Portugal

 

A plataforma de financiamento colaborativo sustentável Goparity, que atingiu recentemente um total de 25 milhões de euros investidos, já angariou mais de 9 milhões de euros da sua comunidade de investidores para apoiar o desenvolvimento de cerca de 135 projetos de energia sustentável. O valor angariado tem contribuído para a criação de sistemas energéticos renováveis e descentralizados, acessíveis a todos, e para a redução da pobreza energética em diferentes países, incluindo Portugal.

 

Com a missão de capacitar pessoas e empresas a apoiar ativamente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, cerca de 36% do valor total angariado pela fintech, através das suas campanhas de crowdlending, foi emprestado a empresas e associações sem fins lucrativos para criarem e crescerem os seus projetos de energia sustentável em sete geografias. Portugal continua a ser a geografia mais relevante, com mais de 4,5 milhões de euros angariados. Segue-se a Colômbia, com 2,6 milhões de euros, Itália, Brasil, Uganda, Quénia e Espanha.

 

A maioria das empresas que recorreram à plataforma da Goparity são do setor energético, mas também há empresas do setor de alimentação, turismo sustentável, ou pequenos negócios que procuraram financiamento, principalmente para a instalação de centrais solares para produção de energia para autoconsumo. Apesar de a maior parte dos fundos ter sido utilizada para desenvolver centrais solares para autoconsumo, também há projetos de eficiência energética ou mobilidade elétrica. Graças ao investimento conseguido, estas empresas geram mais de 16.900 megawatts de energia limpa todos os anos, evitam a emissão de cerca de 15.466 toneladas de CO2 por ano e propõem criar 4.370 novos empregos.

 

De acordo com Nuno Brito Jorge, fundador e CEO da Goparity, “Apesar de Portugal ser um bom exemplo no aproveitamento dos recursos naturais e na visão política de um país descarbonizado em 2050, continuamos na cauda da Europa na adoção de outra prática tão importante como necessária: a democracia energética. O financiamento colaborativo para projetos energéticos tem essa vantagem de permitir envolver as pessoas na transição energética, em vez de a impor.”

 

Segundo, o CEO da LIC, Bas van Bakel, projeto de modernização da iluminação pública no município de Villavicencio na Colômbia e promotores das campanhas Iluminação Urbana Smart que já angariaram 500 mil euros, “A equipa da Goparity compreende, como ninguém, que uma atitude proativa é crucial para alcançar resultados significativos. A forma pragmática com que estruturam as campanhas permitiu-nos fechar a nossa primeira campanha, e receber o respetivo financiamento, em apenas quatro semanas após a reunião de lançamento.”

 

Um exemplo desta democratização e envolvimento das pessoas são as Comunidades de Energia Renovável e os Autoconsumos Coletivos em Portugal que têm olhado para o financiamento colaborativo como alternativa. “Já financiámos oito projetos, incluindo quatro que estão neste momento a funcionar em pleno, segundo o Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Localizadas de norte a sul do país, estas conseguiram adquirir um total de mais de 500 mil euros e atualmente têm capacidade de produzir 914 megawatts de energia renovável”, acrescenta Nuno Brito Jorge.

 

A Goparity tem como principal objetivo democratizar o acesso ao financiamento sustentável, ligando empresas e indivíduos que querem investir em projetos com repercussões positivas nas pessoas e no planeta. Só no ano passado, angariou cerca de 10.4 milhões de euros provenientes de mais de 29 mil membros registados. Por sua vez, os projetos financiados com recurso à plataforma permitiram impactar positivamente cerca de 88.000 pessoas, criar quase 5.000 postos de trabalho e contribuir para evitar a emissão de 24 mil toneladas de emissões de CO2 para a atmosfera todos os anos.