Portugueses encaram a eficiência e transição energética como uma forma de poupar, contribuir para as gerações futuras e de reduzir a pegada ambiental
Portugal, tal como outros países da União Europeia, assumiu o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050. A transição energética é a chave para alcançar este objetivo, uma vez que implica a passagem de uma matriz energética focada nos combustíveis fósseis para uma baseada em fontes renováveis.
De acordo com o estudo Observador Cetelem Consumo Sustentável, a eficiência e a transição energética são encaradas pelos portugueses não só como sendo uma forma de poupar (42%), num momento em que a inflação afeta também as faturas de energia, mas também para contribuir para as gerações futuras (40%) e reduzir a pegada ecológica (32%), sendo esta uma opinião que prevalece mais junto dos jovens, dos 18 aos 34 anos (36,5% em média).
Sobre o impacto que a transição energética terá no futuro, 42% dos entrevistados consideram que será, de facto, positivo, esperando que resultem em melhorias ambientais (53%), uma maior redução na pegada ecológica (33%) e ainda mais poupança (31%). Os inquiridos, dos 25 aos 54 anos, são aqueles que se encontram mais positivos no que toca ao impacto da transição energética no futuro (aproximadamente 52% em média). Por outro lado, os mais velhos, dos 65 aos 74 anos, são os mais reticentes (28%).
Relativamente a ações que os portugueses tomam, atualmente, para a eficiência e a transição energéticas, a ação mais praticada é desligar as luzes sempre que uma determinada divisão não está a ser utilizada (95%). Segue-se desligar dos aparelhos eletrónicos (90%) e lavar a roupa em programas/ciclo curtos e com carga máxima (88%). Outros dos comportamentos adotados passam por usar lâmpadas LED ou andar de bicicleta.
Para poupar energia, os portugueses estão disponíveis para investir em lâmpadas LED (72%), eletrodomésticos A+++ (63%), tomadas inteligentes (51%), em janelas e portas mais eficientes (40%), em sistemas de aquecimento/bombas de calor eficientes (28%) ou em painéis fotovoltaicos (26%). Os inquiridos mais velhos, dos 65 aos 74 anos, de todas as soluções indicadas no estudo, encontram-se mais disponíveis para investir na compra de lâmpadas LED (66%). Já os entrevistados dos 25 aos 34 anos além adquirirem esse tipo de lâmpadas (80%), são mais propensos a investir em eletrodomésticos A+++ (69%) e em tomadas inteligentes (60%).
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