O consumidor está cada vez mais consciente de adotar uma estratégia amiga do meio ambiente. E isso traduz-se nas suas escolhas de compra. Se as empresas não acompanharem a tendência arriscam-se a ficar para trás.
A sustentabilidade já entrou no léxico dos consumidores e cada vez mais dita as suas escolhas de compra, principalmente quando o “destino” final é a sua própria habitação, esta foi uma das conclusões de um estudo levado a cabo pela TaskRabbit. 64% dos portugueses dão prioridades a soluções sustentáveis para a casa, no entanto esta não é uma tendência exclusiva de Portugal. Em todo o mundo a plataforma registou um aumento de 220% ano após ano em termos associados à sustentabilidade.
Consciência que, depois, se traduz nos comportamentos de compra. Sejam produtos ou serviços. a prova é que, desde o ano passado, a plataforma registou um aumento de 800% nos clientes que solicitam trabalhos relacionados com “energia eficiente”. Outra prova? As menções “ambientais” duplicaram, o que significa que as pessoas estão cada vez mais conscientes do meio ambiente e da importância de ter comportamentos sustentáveis.
E já há muitas empresas que se aperceberam desta tendência. Uma tendência que não tem volta. Empresas que mostrem ter uma estratégia sustentável, que se preocupam com o meio ambiente, que trabalham ativamente para diminuir a sua pegada de carbono e que apresentam produtos e/ou serviços que se mostram amigos do ambiente ganham na preferência de compra do consumidor.
É certo que o preço associado aos produtos/serviços ditos “verdes” por vezes impede a sua aquisição por parte das pessoas com menor poder de compra. Mas trata-se de uma mudança que não tem retorno.
No caso específico da habitação, e tendo em conta o historial de má eficiência energética dos lares portugueses, não é de admirar que, agora, os portugueses optem por investir em tornar a sua casa mais confortável. Mesmo porque um dos pilares estratégicos da Comissão Europeia é o de diminuir a pobreza energética das habitações europeias, havendo fundos comunitários a que as pessoas se podem candidatar.
O estudo levado a cabo pela TaskRabbit revelou quais as medidas em que os portugueses apostam não só para tornar a casa mais confortável, mas, também, que permitem, a longo prazo, diminuir a sua conta da eletricidade. Tudo começa pelo mais simples: investir em lâmpadas eficientes do ponto de vista energético (26,48%). É a opção mais rápida e barata. Mas há quem vá mais longe e decida isolar devidamente a casa (4,43%), instalar um contador inteligente (13,88%), optar por tintas à base de água (1,87%), apostar em painéis solares (5,51%), colocar vidro-duplo nas janelas (4,92%), instalar aquecimento por baixo do chão (4,72%), ou recorrer as pessoas locais para fazer reparações em casa (2,85%).
Outra mudança a que se assiste é a uma maior procura por produtos em segunda mão ou a reciclagem/reutilização dos mesmos. Desde 2008 já foram mais de 19.000 móveis, entre sofás, camas, roupeiros, armários, mesas, cadeiras e prateleiras e reparados 6.900 eletrodomésticos e aparelhos elétricos (frigorífico, ar condicionado, aquecimento, TV, ventilador, máquina de lavar louça, computador, etc.) na plataforma. Já em relação à reciclagem de móvel os valores superam os 2.700.
As empresas têm de estar atentas a estas mudanças de comportamento por forma a poderem ajustar os seus produtos e/ou serviços. Caso contrário correm o risco de ficarem fora da corrida e de perderem negócio.
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