Sustentabilidade determina a compra de veículos novos

Sustentabilidade determina a compra de veículos novos

Há-de chegar a altura em que não teremos de falar em sustentabilidade. Em que as empresas não usarão esse termo como factor de diferenciação. Mas ainda não chegámos a esse ponto.

 

O certo é que o léxico faz cada vez mais parte do quotidiano de todos e está já a ditar os comportamentos de compra dos consumidores, mesmo nas aquisições de maior valor, como os carros.

 

Um estudo levado a cabo pelo Standvirtual em parceria com a Marktest sobre o mercado de “Carros Novos” revela que 62% dos condutores interessados em comprar viaturas novas mostram preferência pelos híbridos ou elétricos. É já um valor muito considerável e ao qual as marcas têm obrigatoriamente de ter em conta.

Os dados recolhidos indiciam uma preferência (em ordem decrescente) pelo novo híbrido plug-in (35%) ou elétrico (27%), do que a gasóleo (19%) ou a gasolina (17%). Os inquiridos destacam também a autonomia da bateria (25%), os custos por km (24%) e o impacto ambiental (23%) como as principais vantagens de adquirir um veículo elétrico ou híbrido plug-in. 

 

Há ainda um outro fator muito importante: as baterias e a possibilidade de alugá-las é um ponto considerado como positivo ou, até mesmo uma mais-valia, pelo menos para 49% dos condutores questionados, sendo que, ainda assim, a maioria não considera esta alternativa um benefício (51%). Quanto à oferta de um carregador doméstico, 96% dos compradores reconhecem que esta caraterística é uma vantagem para quem compra este tipo de veículos.    

 

Estes números são extremamente relevantes porque referem-se a decisões que tenderão ser tomadas ainda este ano. A maioria dos inquiridos considera adquirir uma viatura nova até ao final de 2022. No entanto, apesar de a sustentabilidade estar na mente de todos, há ainda um obstáculo a ultrapassar: o preço. Este, a par do consumo da viatura, são os dois fatores que mais pesam na escolha de um veículo. Sendo que convém não esquecer o poder económico médio do mercado nacional, pois não é por acaso que cerca de metade dos inquiridos revelou ter apenas disponibilidade financeira entre os 15 e os 25 mil euros.

 

Há, ainda, claramente dificuldades a ultrapassar. Os fabricantes de automóveis terão de apresentar modelos com preços mais acessíveis e maior capacidade de bateria. Mas o lado positivo é que os consumidores portugueses, aquando da compra de uma viatura nova, elegem os modelos plug-in e elétrico como primeira opção. Esta tendência indica que os próximos anos serão, definitivamente, aliciantes, quer para os fabricantes, quer para os consumidores.

 

Sobre o estudo

Universo: Indivíduos residentes em Portugal Continental, entre os 25 e os 54 anos pertencentes às classes sociais ABC1, que possuem um automóvel ou que têm de intenção de comprar um nos próximos 24 meses.

Amostra: 319 entrevistas realizadas junto do universo definido.

A margem de erro máxima para o total, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 5.49 p.p..

A amostra é representativa do universo em estudo, no que se refere às variáveis género, idade e região Marktest, tendo sido aplicadas quotas de acordo com estas variáveis, definidas com base no perfil do possuidor de automóvel e do que tenciona adquirir um automóvel novo nos próximos 12 meses, tendo por base os dados da vaga TGI Julho 2021.

Recolha de Informação: A recolha da informação foi realizada através do sistema CAWI (Computer Assisted Web Interview) mediante um software da exclusiva responsabilidade da Marktest, tendo sido utilizado um questionário estruturado, constituído por perguntas fechadas e abertas, desenvolvido pela Marktest com a colaboração e aprovação do OLX Group.

A recolha de informação decorreu entre os dias 2 e 9 de Março de 2022.