5 dicas para um ambiente de trabalho saudável e produtivo

5 dicas para um ambiente de trabalho saudável e produtivo

O mercado de trabalho está a mudar. A pandemia e o confinamento aceleraram a adoção de uma nova realidade: o teletrabalho, que, a par da escassez de recursos humanos, sentida um pouco por todos os setores, e praticamente em todo o mundo, está a obrigar as organizações a repensarem o que definem como ambiente e condições de trabalho.

 

Vários estudos já demonstraram que as gerações atuais privilegiam mais do que apenas o salário. Querem um ambiente laboral mais produtivo e saudável, onde o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional seja promovido.

 

Mas então o que fazer para proporcionar esse mesmo ambiente? Quais os aspetos mais valorizados pelas novas gerações?

Para encontrar a resposta a estas (e outras) perguntas, a ManpowerGroup pesquisou e analisou respostas de mais de 5.000 trabalhadores em funções de produção, corporativas e de call center, bem como candidatos a emprego, em cinco países (Austrália, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos) para perceber o que significa hoje prosperar no trabalho.

 

Os resultados obtidos sugerem 5 dicas para ter um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Assim, como afirma Arianna Huffington, Founder & CEO of Thrive, empresa parceira do estudo, “este é um tempo de constante mudança e disrupção, mas é também uma oportunidade única de redefinir a forma como trabalhamos e vivemos. As empresas que pensam no futuro precisam de acabar com a ideia falaciosa de procura de uma solução de impacto neutro entre trabalho e vida, traduzida no mito de “work-life balance”, e começar a incorporar o bem-estar no próprio fluxo de trabalho, investindo desta forma no seu recurso mais importante: as suas pessoas”.

 

1 – Flexibilidade

Teletrabalho, modelo híbrido… os novos modelos proporcionam maior flexibilidade aos colaboradores, permitindo obter um melhor equilíbrio entre a sua vida profissional e pessoal. E isto é algo que não se pode descurar porque tal como os números indicam, 93% das pessoas veem a flexibilidade como um dos fatores mais relevantes na sua vida profissional. Mais, 45% querem escolher as horas de início e fim da jornada de trabalho e 18% trabalharia uma semana de quatro dias por menos remuneração para alcançar um melhor equilíbrio. Ou seja, é importante que o empregador compreenda quais as expetativas e necessidades do funcionário por forma a conseguirem chegar a uma solução que seja benéfica para ambos.

 

2- Abertura à mudança e novo estilo de liderança

A nova forma de encarar o trabalho está a transformar a relação entre empregadores e funcionários. “Os trabalhadores querem locais de trabalho com gestores empáticos e solidários (74%) e líderes em quem podem confiar (71%) que ofereçam mais flexibilidade, autonomia, confiança, coaching e desenvolvimento”, indica o estudo. Quer isto dizer que, hoje, mais do que nunca, um líder tem de liderar pelo exemplo, deverá estar atento aos pontos fortes dos membros da sua equipa e fomentar a prosperidade profissional.

 

3- O bem-estar (físico e mental) é essencial

A pandemia teve o condão de trazer para cima da mesa um tema há muito descurado. A importância de assegurar o bem-estar, seja ele físico ou mental, das pessoas. O estudo recomenda que, para que se evitem situações de burnout, os empregadores devem implementar técnicas que permitam que as reuniões sejam eficientes, mas que, simultaneamente, evitem a acumulação de stress. E no caso português isto é especialmente importante porque o portal “Small Business Prices” classificou recentemente Portugal como o primeiro país, de entre os países europeus, onde os trabalhadores mais sofrem ou podem vir a sofrer de burnouts. Índice confirmado pelo estudo do ManpowerGroup, que revelou que 39% das mulheres sentem-se stressadas ou exaustas, diariamente, no seu local de trabalho. Um outro dado importante é que 1 em 4 trabalhadores (25%) querem um maior apoio para a sua saúde mental, por parte dos empregadores, para evitarem o burnout.

 

4 – Objetivos realistas e não impossíveis

Uma das piores coisas que podem acontecer é a definição de objetivos irrealistas. Isso leva invariavelmente ao fracasso e à frustração. Pelo contrário, as empresas devem apostar em objetivos realistas, a par da definição de pequenos hábitos (ou micro-passos) que permitam uma mudança gradual dos hábitos e comportamentos de todos. E aqui os líderes têm um papel imprescindível. O estudo dá alguns exemplos: fazer uma verdadeira pausa para o almoço, transformar uma reunião em sala numa reunião a caminhar, ou marcar uma hora no calendário para uma atividade fora do contexto de trabalho.

 

5 – Um futuro favorável à família

Criar uma cultura que não só promova o relacionamento entre colegas, mas, principalmente, que permitam que as pessoas tenham uma vida pessoal própria. isto é especialmente importante para os colaboradores com crianças. As medidas possíveis passam por criar  oportunidades de progressão de carreira (75%); um trabalho significativo (74%) ou benefícios de apoio à saúde (56% quer recursos para a prática de exercício; 54% quer opções alimentares saudáveis no trabalho).