As 4 Forças da Transição Digital e as 14 Tendências no Mundo do Trabalho
No meio da crescente digitalização do trabalho, da transição energética e da rápida evolução do tecido socioeconómico, o novo estudo de tendências da ManpowerGroup para 2024, “The Age of Adaptability”, revela a importância crescente da adaptação, na construção de um Futuro do Trabalho movido por uma força de trabalho moderna e sustentável.
A ManpowerGroup previu a Human Age há mais de uma década, quando identificou que o capital humano se tornaria um grande diferenciador e motor do crescimento económico, com a tecnologia a permitir aumentar as capacidades humanas em vez de as substituir. Agora, “The Age of Adaptability” reforça essa análise à luz da crescente transformação digital e avalia o impacto de uma série de novos fatores, tais como os desequilíbrios geracionais, o foco na diversidade, equidade e inclusão, a transição verde e a crescente consumerização do trabalho.
O estudo identifica quatro forças – Alterações Demográficas, Adoção Tecnológica, Aceleradores da Competitividade e Escolha Individual – e 14 tendências que refletem a transição para um novo equilíbrio entre trabalhadores e empregadores.
Alterações demográficas
Apesar da contínua entrada de trabalhadores da geração Z, globalmente, a força de trabalho continua a envelhecer. Os países desenvolvidos enfrentam uma crescente escassez de talento, com a reforma gradual dos trabalhadores mais experientes.
Para responder a esta escassez de profissionais, as organizações devem explorar bases de talentos novas, tais como trabalhadores seniores, trabalhadores que regressam ao mercado de trabalho ou mudam de carreira ou trabalhadores com uma experiência pouco tradicional. A requalificação de trabalhadores de diferentes origens e percursos profissionais promove a resiliência da força de trabalho. Ao mesmo tempo, a retenção do conhecimento instalado também ajuda na gestão multigeracional.
Desenvolvimento tecnológico
Com a evolução da IA generativa a um ritmo acelerado, a experiência diz-nos que a tecnologia já deu provas de ser um poderoso aliado, expandindo em vez de substituir as capacidades humanas. Aproveitar o potencial da IA para impulsionar o crescimento e os ganhos de produtividade irá exigir que as empresas deem a prioridade às pessoas.
À medida que adotamos novas formas de trabalhar, deparamo-nos com um duplo desafio: os ambientes de trabalho devem ser digitalizados, mas também humanizados.
Aceleradores de Competitividade
No meio da incerteza económica e da crescente competição pelo talento, as organizações devem tomar medidas decisivas para atrair e fidelizar o melhor talento, ao mesmo tempo que progridem nos seus compromissos de sustentabilidade.
Os trabalhadores, hoje, procuram cada vez um propósito e significado no seu trabalho, condições flexíveis que se coadunem com os seus estilos de vida, oportunidades de desenvolvimento contínuo de novas competências, um salário justo por um trabalho justo e uma liderança que se preocupa com mais do que apenas o lucro. Se quiserem destacar-se, as organizações devem hoje demonstrar o seu posicionamento social, político e ambiental.
Escolha individual
Em torno da “consumerização do trabalho”, está a surgir uma nova relação entre trabalhador e empregador, em que as pessoas esperam “consumir” o trabalho tal como consomem outros aspetos das suas vidas – de acordo com os seus próprios horários e de uma forma adaptada às suas necessidades individuais.
Tal como os consumidores escolhem produtos e serviços que se adequam aos seus estilos de vida, os trabalhadores querem agora dedicar-se a organizações que estejam comprometidas com as suas carreiras e o seu bem-estar e alinhadas com os seus valores pessoais.
As organizações devem adaptar-se a esta força de trabalho que deseja uma maior flexibilidade, personalização e alinhamento com as suas prioridades individuais, num contexto em que as pessoas procuram empregos que lhes permitam integrar facilmente o trabalho com o resto das suas vidas.
“Estamos a entrar numa era em que a adaptação é fundamental. As forças combinadas da IA, da automação e da economia verde estão a transformar os empregos e as necessidades de competências a uma velocidade sem precedentes, exigindo uma força de trabalho adaptável e qualificada. A transformação do mundo do trabalho precisa de criatividade e flexibilidade, mas também de um investimento significativo na capacitação das pessoas para enfrentar as oportunidades e desafios desta nova era. Devemos ser intencionais na aceleração do progresso humano e na construção de uma força de trabalho capacitada para o futuro. As empresas têm de tomar a dianteira, fornecendo percursos claros para a aquisição de competências futuras, recursos de upskilling acessíveis e orientação profissional para garantir a transição bem-sucedida da sua força de trabalho”. Rui Teixeira, Diretor Geral do ManpowerGroup Portugal.
O mundo do trabalho está a mudar mais rapidamente do que nunca. As Alterações Demográficas, o Avanço Tecnológico, os Aceleradores de Competitividade e a Escolha Individual criam tanto desafios como oportunidades para os empregadores. No entanto, há uma constante que subsiste: as megatendências, como a IA generativa, a automatização, o nearshoring e a transformação verde das empresas, vão continuar a acelerar.
Descarregue o estudo e fique a conhecer todas as tendências que vão marcar o ano de 2024 e seguintes!