Quais as tendências de Marketing Digital para 2023?
Num mundo digital em constante transformação, a Wise Pirates faz uma previsão de algumas ferramentas que irão crescer no novo ano e quais as apostas que as marcas e empresas devem fazer para vingar neste ecossistema.
Este será o ano no qual se assistirá a uma maior evolução do ecossistema de marketing digital. Quem o diz é Pedro Barbosa, CEO da Wise Pirates, que apontas as principais tendências que as marcas e empresas devem apostar e seguir com atenção.
“Este é o ano onde equipas holísticas, que envolvam equipas internas do cliente e long-term boutique partners serão uma necessidade crescente, um aspeto crítico no novo ecossistema martech, garantindo assim o conhecimento profundo do negócio por parte dos parceiros e uma capacitação em digital mais profunda por parte das equipas internas. Esta será talvez a maior evolução no ecossistema de marketing digital”, aponta o responsável.
2023 vai ser o ano de mudanças e reforço de algumas ferramentas, que até agora não têm sido devidamente exploradas pelas marcas. Eis as tendências:
1- A inteligência artificial sofrerá uma explosão no novo ano. Os marketers que quiserem evoluir têm de compreender o seu novo papel num mundo onde a analítica e tecnologia se integram com os conceitos de marketing de uma forma que o martech nunca conheceu.
2- Um conceito que cresceu em 2022 e se irá democratizar é o “Buy Now, Pay Later”. Isto porque os consumidores mostram sinais de apreço por comprar agora e ir pagando ao longo do tempo.
3- O conteúdo de vídeo será um must-have para qualquer marca. Ainda maioritariamente utilizado pelo consumidor, o vídeo é um ponto que tem espaço para ser explorado pelas marcas para chegar ao seu público, contudo de forma subtil e sem ser exageradamente comercial.
4- Uma das preocupações do marketing digital prende-se com o RGPD e grandes mudanças se avizinham para este ano, tendo em vista uma maior proteção dos dados dos consumidores. Assim, uma estratégia de first party data tem um papel muito importante na proteção de dados e as empresas portuguesas precisam de estar preparadas e capacitadas para recolher os dados dos users com os seus próprios meios, de forma legal e capaz de proteger os seus potenciais e atuais clientes.
5- O online e o offline estão integrados na cabeça do consumidor como canais que estão ao seu dispor de forma complementar e potenciam o máximo da conveniência e da experiência. Esta tendência apresenta-se como um grande desafio para as empresas omnicanais, que continuam a ver os dois canais como separados. Por isso, esta é a oportunidade de investir em digital para influenciar todos os canais e de começar a usar plataformas avançadas como o DV360.
6- Considerada a “3ª onda de Digital Advertising”, o Retail Media está a permitir às marcas comunicar de forma mais segmentada e, ao mesmo tempo, diversificar a forma de comunicar. Apesar de os search ads no site ainda serem o formato que a maior parte das marcas procura usar, os ads em display, banner e ads de vídeo em connecter TV ou on-site já são utilizados. Neste cenário, os maiores retalhistas passarão a ser media players, concorrendo com os maiores placements de ativação digital e incorporando em real-time dados de consumo que mais ninguém tem sobre micro-segmentações e, ainda, a ligação aos digital placements em lojas físicas.
7- Em 2023, vamos ainda assistir à consolidação do e-commerce em Portugal, haverá um crescimento moderado, preparando um ano de 2024 de maior crescimento. Este será, no entanto, o ano de afirmação do mobile commerce de forma massiva.
8- O conflito na Ucrânia e a normalização da inflação provocou uma mudança na agenda dos consumidores, poderá conduzir à quebra de confiança. Por isso, este ano será crítico para quem quer usar o digital para qualquer um dos seus canais nos próximos anos.
9- A sustentabilidade voltará a ser um tema ao qual as marcas devem prestar atenção, pois o consumidor está cada vez mais atento às práticas sustentáveis das empresas. 10- A realidade aumentada cresceu nos últimos anos, devido à pandemia, permitindo aos consumidores experimentar produtos de forma virtual. Esta tecnologia pôs fim às barreiras de mobilidade e os consumidores perceberam os benefícios das soluções digitais que mitigam necessidades de deslocações ou condicionamentos geográficos. Por isso mesmo, a realidade aumentada continuará a ser uma ferramenta importante para o incremento das vendas no digital.
Estas tendências são o reflexo do momento incerto o mundo atravessa e as marcas e empresas têm de estar preparadas para um digital contemporâneo que mistura negócio, tecnologia, marketing e data.