BMW prepara-se para dar o salto na condução autónoma até ao final do ano
Com o mundo automóvel a avançar a passos largos na automação e inteligência artificial, a BMW decidiu não ficar para trás. A marca alemã de automóveis de luxo anunciou recentemente que começará a oferecer sistemas de condução altamente automatizados em alguns dos seus modelos mais sofisticados ainda este ano.
A grande novidade é o sistema de condução automatizado de nível 3 que a BMW planeia introduzir. Com este nível, os condutores podem, temporariamente, permitir que o software da viatura assuma a condução, sem que tenham de manter os olhos na estrada.
Em termos práticos, isto significa que podes ver vídeos ou responder a emails durante as tuas viagens. Contudo, há um pequeno senão. Apesar da automação, os condutores precisam estar sempre prontos para assumir o controlo do veículo em questão de segundos, caso o sistema assim o solicite.
Limitações e potencialidades do novo sistema
Este sistema de condução altamente automatizado da BMW (e também da Mercedes-Benz) permite uma condução completamente autónoma em autoestradas com tráfego intenso ou engarrafamentos, até uma velocidade de 60 km/h. No entanto, a BMW ainda não divulgou quanto irá custar este adicional nos seus carros.
Oliver Zipse, CEO da BMW, mostrou-se anteriormente cético quanto à aceitação destes sistemas pelo mercado, especialmente se estes se desligassem frequentemente em condições adversas, como chuva, nevoeiro, túneis ou escuridão. Contudo, os tempos mudam rapidamente, e a BMW parece agora pronta para abraçar este avanço tecnológico.
Comparação com outros gigantes automóveis
A Mercedes-Benz já tinha avançado com sistemas semelhantes no mercado alemão. E, não ficando atrás, a Ford também obteve recentemente a aprovação para a condução semi-automatizada até 130 km/h nas autoestradas alemãs com o seu modelo Mustang Mach-E.
Os sistemas de nível 1 e 2, atualmente os mais comuns nos veículos, ainda colocam a responsabilidade da condução nas mãos do condutor. Mas com o nível 3, o panorama muda significativamente, com o carro a assumir o controlo e a permitir que o condutor desvie a sua atenção para outras atividades.
O objetivo final da indústria é alcançar a autonomia de nível 5, onde o carro não terá sequer volante. Mas essa é uma realidade que, ao que tudo indica, ainda está a alguns anos de distância.
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