Imagina que podes continuar a comprar aquela mala de pele de crocodilo sem sentires culpa por estares a contribuir para a morte de animais que são criados especificamente para o aproveitamento da sua pele.
Como?
Felizmente uma empresa conseguiu provar que é possível fazer couro exótico – diga-se que provém de animais exóticos como a cobra ou o jacaré – em laboratório.
Em laboratório?
Verdade. É uma alternativa sólida que respeita tanto o ambiente com o bem-estar animal. Desta forma os quatro jacarés que são mortos para fazer uma mala poderão continuar vivos e, naturalmente, no seu habitat.
A empresa que conseguiu este feito chama-se Corium Biotech e é portuguesa.
Criada em setembro de 2020, por Maria Maia, Margot Muller e (agora) João Pinto, contou com o apoio da Portugal Ventures, com 100 mil euros de financiamento utilizados para criar o primeiro protótipo.
Agora, explica Maria Maia, a empresa prepara-se para uma nova ronda de financiamento. O objetivo é angariar um milhões de euros, para conseguir aperfeiçoar o protótipo, nomeadamente ao nível da textura e da durabilidade do couro, e “preparar a estratégia de scale-up“.
A ideia surgiu em parte pela veia ambiental e sustentável das suas fundadoras, mas, também, por uma forte necessidade do mercado. O segmento de luxo por um lado movimenta milhões – que alimentam todas as quintas de jacarés e outros animais que existem um pouco por todo o mundo – mas, também, atravessa agora um momento em que vê o consumidor cada vez mais consciência e que reflete essa consciência no momento da compra. Não é por acaso que marcas, como a Chanel, anunciaram o fim das vendas de produtos de pele exótica. Mesmo assim, refere Maria Maia, ainda é um mercado de 10 mil milhões de dólares. Ou seja, ainda existe muita procura. E isso significa uma oportunidade para produtos alternativos que provem ser mais sustentáveis, quer a nível ambiental, ajudando a preservar a vida animal, quer económica.
É aqui que entra a Corium Biotech – o método que a start-up portuguesa criou, permite criar couro em laboratório – e on demand – não prejudicando os animais. E de que forma? Simples. É feita uma biópsia, aquando da morte do animal em questão, recolhendo as células necessárias e é com elas que, no laboratório são depois recriadas e se transformam em couro. Será apenas necessária uma pequena quantidade de células, que é obtida sem prejudicar o animal, para se conseguir reproduzir em laboratório.
Analisada a questão é uma solução que não afeta o animal como ajuda a evitar o desperdício (por incrível que pareça apenas a pela da barriga dos jacarés é aproveitada) – e a matar mais animais.
Como refere Maria Maia, a solução da empresa portuguesa não só permite poupar 25 mil milhões de litros de água por ano como salvar dois milhões de animais exóticos todos os anos. Na prática trata-se de uma solução “cruelty-free, eco-friendly, durável e apelativa às marcas de luxo“.
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