Recrutar bons profissionais? Hoje, só se oferecer mais do que apenas um salário elevado

Recrutar bons profissionais? Hoje, só se oferecer mais do que apenas um salário elevado

Estudo a nível global revela que o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal tem um peso cada vez maior aquando da decisão de se optar por um ou outro emprego.

 

A falta de recursos humanos é uma questão que é transversal a toda a economia, independentemente da geografia. E à falta habitual de pessoas para trabalhar, principalmente nas áreas mais tecnológicas, junta-se agora uma nova forma de encarar não só o trabalho como o local de trabalho.

 

Um estudo levado a cabo pela CEMS, junto de 5.206 profissionais oriundos de 75 países, demonstra que equilíbrio entre vida profissional e pessoal está em paridade com salário quando se procura novo emprego.

 

Os resultados revelam que apesar de o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e o salário terem a mesma classificação na amostra total, os profissionais com mais de 35 anos classificaram o equilíbrio entre vida profissional e pessoal acima do salário. Situação oposta verificada nos recém graduados e profissionais mais jovens, onde, compreensivelmente, o salário ainda é um fator importante.

 

O estudo indica ainda que uma progressão rápida na carreira e a oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial são importantes, tendo sido classificados como o terceiro e quarto critérios-chave que influenciam as decisões de todos os profissionais ao se candidatarem a um emprego.

 

A geração mais jovem revela, também, uma ânsia por viajar pelo mundo, tendo ficado entre os cinco principais critérios para os entrevistados mais jovens (dos 19 aos 25). Já nas outras faixas etárias, onde os profissionais tendem a ter uma vida já estabelecida, foi colocado na lista de critérios, a primazia a incidir na liderança inspiradora.

 

Dados que, a medio ou longo prazo, vão obrigar a alterações nas estratégias de recursos humanos nas empresas. Há medida que o gap entre a oferta e a procura de bons profissionais aumentar serão as entidades que ofereçam as melhores condições – não necessariamente monetárias – que conseguirão captar e reter os melhores recursos humanos. Mesmo porque hoje em dia o mercado é global e uma empresa em Portugal pode estar a competir com uma chinesa por aquele funcionário valioso.

 

Sobre Portugal

Ao inquérito responderam 291 de inquiridos que afirmaram viver em Portugal, estudar na Nova SBE ou que se identificaram como portugueses.

 

Quais os três principais critérios que mais influenciariam a sua decisão de assumir uma nova função (na sua empresa atual ou noutra)?

 

  • Salário (incluindo bónus) – 24% nomearam este critério no seu top 3
  • Bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal e trabalho flexível – 23%
  • Oportunidades para progressão rápida na carreira – 16%
  • Oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial – 8%
  • Liderança inspiradora – 7%

 

Comparando com os resultados globais (4,206 inquiridos em 75 países)

 

  • Bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal e trabalho flexível – 21% nomearam este critério no seu top 3
  • Salário (incluindo bónus) – 21%
  • Oportunidades para progressão rápida na carreira – 12%
  • Liderança inspiradora – 11%
  • Oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial – 9%