Microchips “voadores” analisam qualidade do ar e doenças

Microchips “voadores” analisam qualidade do ar e doenças

Possivelmente o menor dispositivo aéreo do mundo, um microchip voador foi desenvolvido por pesquisadores americanos e pode monitorar poluição do ar e a disseminação de doenças.
 

Um grupo de investigadores da Northwest University, nos Estados Unidos, desenvolveu um tipo de microchip capaz de voar ao sabor do vento e que poderá ser uma nova solução para monitorizar os níveis de poluição do ar, ou a propagação de agentes patogénicos.

 

Com um design inspirado por um tipo de semente “voadora” comum a algumas espécies de árvores, a criação tem uma dimensão semelhante à de um grão de areia. Os investigadores indicam que os microchips poderão eventualmente ser fabricados a partir de materiais biodegradáveis de modo a não agravar a poluição ambiental.

 

Na natureza, este tipo de semente cai lentamente, girando como um helicóptero, para poder ser levada pelo vento e espalhar-se para longe da árvore que a gerou, aumentando assim a diversidade genética da espécie.

Inspirados por esse mecanismo biológico, os cientistas criaram “estruturas que caem em uma trajetória mais estável e em velocidades terminais mais lentas do que sementes equivalentes”, como referiu o professor John A. Rogers à Vice.

 

A equipa que criou o microchip espera que ele consiga ajudar a rastrear e limitar o avanço de doenças transmitidas pelas vias respiratórias, o que está em linha com as novas pesquisas a respeito de como evitar outras pandemias.

 

“Um futuro que nos deixa intrigados é a ideia de usar esses dispositivos para monitorar riscos biológicos como patógenos, aerossóis e todos os tipos de coisas que as pessoas estão pensando hoje em dia. Este é apenas um conceito e não temos uma prova de conceito ainda, mas, se você começar a pensar sobre as possibilidades que se abririam se você adicionar capacidades sensitivas, acho que o monitoramento de patógenos poderia ser interessante”, acrescentou Rogers.