Inteligência Artificial da Meta dá vida aos desenhos infantis

Inteligência Artificial da Meta dá vida aos desenhos infantis

A Meta, empresa-mãe do Facebook, desenvolveu uma inteligência artificial capaz de animar desenhos feitos por crianças, dando vida às manifestações artísticas infantis.

O sistema reconhece os limites de figuras humanas apresentadas nas imagens, estabelece pontos relevantes como a posição dos olhos e dos membros, e transfere movimentos a este arcabouço, fazendo o personagem correr, dançar e pular.

 

Ao fazer upload dos desenhos no sistema protótipo, os pais e crianças podem ver os desenhos “ganhar vida”, pondo estes personagens a dançar, pular e saltar. E podem, até, descarregar um vídeo dos seus desenhos animados para partilhar com amigos e família.

 

A maior parte das ferramentas de inteligência artificial consegue lidar bem com imagens realistas de humanos, mas os desenhos de crianças acrescentam um nível de variedade e de imprevisibilidade que torna a tarefa de identificar o que está a ser retratado muito mais complexa.

 

A Meta atingiu este objetivo ao desenvolver um sistema que ensina a inteligência artificial a identificar figuras que se assemelham ao ser humano, o que pode ser difícil quando outros objetos ou figuras presentes na mesma página têm características, cores ou dimensões similares.

Depois deste processo, a figura que se assemelha a uma pessoa é isolada, sem incluir mais nada na página, para que a figura que é animada se torne o mais parecido aquilo que a criança pretendia retratar. 

 

Depois, os pontos de referência das articulações da figura são identificados para que a animação se mova de uma forma apelativa. Uma vez que todos os passos estão concluídos, a figura está pronta a ser animada.

 

O sistema pode ser testado aqui.

 

Os pesquisadores esperam que, num futuro não muito distante, a inteligência artificial ajude a animar desenhos complexos de vários personagens, interagindo com o cenário, facilitando assim tanto a geração de animações lançadas por estúdios quanto de animadores amadores e, claro, de crianças interessadas em gerar suas próprias histórias. Com óculos de realidade aumentada, por exemplo, uma criança poderia em poucos minutos estar interagindo com os personagens que acabou de criar.